A prisão da influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, conhecida como Karol Digital, e de seu namorado, Dhemerson Rezende, voltou a ganhar destaque nacional após reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, no último domingo (31/8). Ambos foram detidos preventivamente sob suspeita de envolvimento em um esquema de jogos de azar, associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e tráfico de influência.
Ostentação nas redes sociais
Com mais de 1,5 milhão de seguidores, Karol chamava atenção pela vida de luxo que divulgava em suas redes sociais. Mansões, fazendas, haras, barcos e carros de alto padrão eram exibidos em postagens frequentes. Entre os bens apresentados estava uma McLaren verde de mais de R$ 3 milhões, adquirida à vista, além de um barco personalizado nas cores rosa, cinza e preto, mostrado em seu último vídeo antes da prisão.
Segundo a Polícia Civil, entre 2019 e 2024, a influenciadora movimentou R$ 217 milhões em contas bancárias e empresas vinculadas a ela.
Simulações para atrair seguidores
O delegado Wanderson Queiroz, da Deic de Palmas, relatou que Karol Digital encenava ganhos em plataformas de apostas online com o objetivo de convencer seguidores a aderirem aos mesmos jogos.
“As pessoas acreditavam que ela estava jogando e ganhando, quando, na maioria das vezes, era apenas uma encenação”, explicou o delegado.
A investigação começou em 2023, após uma denúncia anônima ao Ministério Público do Tocantins. Na época, a influenciadora havia adquirido à vista uma mansão de R$ 4 milhões em Araguaína e outro imóvel de R$ 10 milhões às margens do lago de Babaçulândia.

Bloqueio de bens e áudios reveladores
Na semana passada, a Justiça determinou o bloqueio de imóveis, veículos de luxo e contas bancárias em nome de Karol Digital. Além disso, áudios atribuídos ao contador Cristiano Arruda da Silva apontam estratégias de ocultação de patrimônio por meio de holdings e empresas laranjas.
As investigações também apuram o possível envolvimento de policiais que teriam repassado informações sigilosas à defesa da influenciadora.
Histórico de antecedentes
O programa destacou ainda que Karol já havia sido alvo da Polícia Federal em 2015, investigada por fraude no seguro-desemprego. Além disso, possui duas prisões anteriores por roubo à mão armada, tendo cumprido parte da pena em regime domiciliar. Na ocasião, chamou atenção ao personalizar a tornozeleira eletrônica com pedras brilhantes.
Posteriormente, passou a se apresentar como um “exemplo de regeneração”. Contudo, voltou a ganhar repercussão nacional ao promover jogos ilegais até se tornar o centro do escândalo atual.
Posição da defesa
A defesa de Karol Digital considera a investigação ilegal e anunciou que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caso condenada, a influenciadora poderá cumprir mais de 10 anos de prisão.
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