A manhã desta quarta-feira, 21, transformou-se em um momento de forte comoção na Câmara Municipal de Araguaína. Ao ocupar a tribuna livre, o estudante Davi, de 11 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), descreveu com linguagem técnica precisa o cotidiano de crianças autistas nas escolas públicas do município e do Estado, denunciando a falta de preparo das auxiliares responsáveis pelo acompanhamento pedagógico.
Em tom firme e sereno, Davi relatou que a precariedade do suporte não afeta apenas estudantes com deficiência, mas se estende a todos que dependem da estrutura da rede. As palavras do garoto provocaram silêncio absoluto no plenário e deixaram vereadores visivelmente emocionados. A repercussão foi tão intensa que o presidente da Casa suspendeu temporariamente a sessão para que o ambiente se recomposse.

Além da crítica, Davi apresentou proposta objetiva: solicitou aos parlamentares a elaboração de moção que crie mecanismos de capacitação contínua para auxiliares que atuam com alunos autistas. Segundo ele, investir em formação específica é indispensável para oferecer ensino digno e de qualidade.
O pronunciamento — que mobilizou vereadores, servidores e público — foi encarado como um chamado à responsabilidade quanto à inclusão escolar, tema que, como ressaltou o jovem, há muito demanda ação efetiva.
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