Operação Serra Gerais mobiliza 200 policiais e desmantela quadrilha de tráfico internacional no Tocantins

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Uma operação integrada de combate ao crime organizado, batizada de Serra Gerais, mobilizou cerca de 200 agentes de diferentes forças de segurança pública na manhã desta quinta-feira (29). Coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO) — que reúne Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal —, a ação desarticulou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com ramificações em ao menos oito estados.

Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão, além do bloqueio e sequestro de bens e valores que somam R$ 64 milhões. Entre os ativos apreendidos estão fazendas, aeronaves, veículos de luxo, carretas e embarcações empregadas no transporte interestadual de entorpecentes.

De acordo com o delegado Evaldo Gomes, responsável pelas investigações, o grupo mantinha pistas clandestinas em propriedades rurais na região das Serras Gerais (TO), utilizadas para pouso de aviões carregados de drogas. O esquema envolvia a circulação de milhões de reais por meio de empresas de fachada, destinadas à lavagem dos recursos provenientes do tráfico.

O início das investigações remonta a abril de 2024, quando dois suspeitos foram detidos pela Polícia Militar no posto fiscal de Novo Jardim, na divisa com a Bahia, transportando 1.000 litros de combustível de aviação em uma caminhonete com reboque. A carga seria destinada ao abastecimento de uma aeronave vinculada ao grupo. Um dos abordados possuía mandados de prisão em aberto por diversos crimes.

Em oito meses de apuração, a quadrilha teria movimentado até R$ 70 milhões em operações que incluíam remessas de até 500 kg de cocaína por voo, com cada carregamento avaliado em mais de R$ 15 milhões no mercado clandestino. As transações eram realizadas entre empresas verdadeiras e de fachada, algumas apoiadas por instituições financeiras suspeitas de conivência com facções criminosas.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de capitais. Autoridades federais e estaduais consideram a operação um grande golpe nas estruturas logísticas do narcotráfico que atuam na região central do Brasil.

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