ARAGUAÍNA, TO – Um novo relatório de desempenho divulgado pelo Programa Nacional Vida no Trânsito (PVT) de Araguaína traz dados que indicam uma tendência de melhoria na segurança viária do município. O estudo aponta uma retração no total de ocorrências e, de forma mais significativa, nas fatalidades registradas nas ruas e avenidas da cidade.
Ao comparar o primeiro semestre do ano de 2025 com o mesmo período em 2024, o levantamento demonstra uma redução de 14% no número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito. A estatística mostra que os óbitos diminuíram de 28 para 24.
Diva Furtado, que preside o Comitê Gestor do PVT em Araguaína, enfatizou a importância do mapeamento para o planejamento estratégico das ações de segurança. “O estudo aprofundado do PVT é essencial para ajustarmos nossas intervenções. Com esses números em mãos, conseguimos aprimorar as campanhas de conscientização, a fiscalização e as soluções de engenharia de tráfego, otimizando a alocação de recursos. O ponto de partida para a mudança é a compreensão clara dos desafios que os condutores enfrentam. Nosso objetivo é claro: alcançar zero fatalidade no trânsito urbano”, declarou a presidente.
Apesar da redução geral no quadro de mortes, o documento do PVT alerta para a permanência de condutas de risco como vetores primários dos acidentes. O estudo ressalta que o excesso de velocidade e o desrespeito à sinalização continuam sendo as causas mais frequentes.
Perfil das Vítimas e Tipologia dos Eventos
O perfil das pessoas que perderam a vida no tráfego araguainense mantém um padrão preocupante em termos de faixa etária e gênero. A análise revela que 75% das vítimas eram do sexo masculino, concentradas na faixa etária que vai dos 18 aos 25 anos, um segmento que demanda foco intensificado nas medidas preventivas.
Do total de 24 mortes contabilizadas, 13 foram resultado de colisões entre veículos, sendo o tipo de acidente mais letal. Atropelamentos causaram o falecimento de cinco pessoas, enquanto batidas contra objetos fixos resultaram em três óbitos. Quedas em via pública foram responsáveis por duas vítimas.
Os condutores de motocicletas continuam sendo o grupo mais vulnerável, com 11 falecimentos. Apesar de o número ainda ser elevado, ele representa uma queda considerável em relação aos 20 motociclistas mortos no período análogo do ano anterior. O restante das vítimas incluía passageiros de automóveis (4), pedestres (4), passageiros de motocicletas (3) e condutores de carros (2).
Mapeamento dos Acidentes Sem Vítimas Fatais
De maneira global, os primeiros seis meses de 2025 totalizaram 1.017 acidentes de trânsito na área definida pelo PVT, que abrange uma circunferência de 74,88 quilômetros, estendendo-se de Novo Horizonte, a oeste, até a rotatória da EMVZ, ao norte. Este volume representa uma leve diminuição em comparação aos 1.053 acidentes registrados no primeiro semestre de 2024. O total de pessoas envolvidas nesses incidentes foi de 1.317, das quais 81% sofreram algum tipo de lesão, 17% saíram ilesas e 2% correspondem aos óbitos.
Os dados, compilados a partir de um conjunto de fontes que incluem a ASTT, Guarda Municipal, Polícia Militar e SAMU, indicam que os bairros com maior número de ocorrências foram o Centro (125 acidentes), o Bairro São João (66) e o Araguaína Sul (59). A via mais perigosa mapeada é a Avenida Filadélfia, com 85 sinistros, seguida pelo trecho urbano da BR-153 (45), pela TO-222 (27) e pela Avenida Cônego João Lima (27).
O PVT, instituído pelo Ministério da Saúde, coordena um extenso comitê gestor em Araguaína — composto por ASTT, SAMU, Corpo de Bombeiros, forças policiais e unidades hospitalares — para empregar a análise detalhada de dados como ferramenta-chave na luta contra os acidentes, que representam um sério problema de saúde pública e geram custos elevados para o Estado.
Esteja sempre informado através das nossas redes sociais @divinobethaniajrtv.





